Presente Racional!

É uma fuga a uma busca. Daqui não sou não me cabe. Um lugar me pertence, ou será o nada onde cabe tudo? Ir, ficar, só sei ficar, quero ir! Não me cabe ficar, é pesado, pequeno... Um desejo me guarda, quer ir, não sumir. Esbarra nas paredes sólidas de carne do meu corpo. Pequeno corpo... Pequeno demais e um sentimento enorme. Extravasa! Tá emergindo sinto na pele, me arrepio, vibro. Ele quer ir. Vai... Eu deixo! Minhas paredes só vão me caber e nada mais, vai me guardar de tudo. O foda é que apesar de sólidas são maleáveis e tudo me transpassa. Sinalizo só sentimentos puros, pois são eles que o muro de concreto vai derrubar. Sou um coração querendo subir a pele e ver o sol. Pobre coração às vezes se recolhe pra não ser atingido pelo mundo. Minha consciência o encoraja e tentar mostra-lo com os olhos da terra que as folhinhas estão crescendo envolvidas pela melodia dos passarinhos, iluminadas pelo sol, regada pelo líquido azul e apoiadas a menina terra, simples que guarda e renova tudo c

Quando vivi, senti que no corpo Deus corria Um caminho, um labirinto me percorria... E ia... Deparado agora com uma saída ou uma chegada? Uma chegada! E o sentimento se tornou carne, fez-se corpo É matéria. Toca-se, modela-se e chega vida! Nesse instante a matéria encontra a saída Porque não se sustenta no palpável. Aloca-se num lugar além do corpo da mente Não é matéria é Deus, é aquilo que estar dentro, não se toca. Não conhece o lugar! Sabe-se da presença! Conduzimos nossos pensamentos, são regidos pelo sentimento. E a imatéria se funda as ações, aos desejos... Somos levados e unidos pelo o que a compreensão alcança... ... A unidade da alma!

Saio da cidade... Tudo é sempre tudo Eu luz, sou maior que isso tudo Meu esconderijo me ascende E cresço e vou e subo e chego! Na plenitude todos os pensamentos são doces Os desejos saciados e o medo aniquilado E vou e subo mais... E os desejos são transcendidos Apenas quero ser, estar, ir ou ficar, já não importa. E desço... Agora sou desejo De tudo que há no mundo Somos mundo, desejamos e vamos E tudo se torna uma busca... Pelos sentimentos mais puros Dos gestos e olhares mais cúmplices Daquilo que se chama unidade E nos alimenta! Tomamos força e... Buscamos

O habitual, o comum é hoje, poderá não ser. Ao comum não pode ser depositado planos e esperanças, pois não é perene. Há um cultivo do habitual até onde nossa interferência faz-o permanecer, E nós pobre sonhadores de nuvens acreditamos na permanência do comum. Quando estamos fora do comum, uma série de sentimentos, pensamentos torna-se um turbilhão E somos conduzidos pelas emoções que agora se faz comuns. Colocando-nos fora do eixo e tudo que era habitual nos traga para um poço de saudades e medo. O realocamento ao próprio eixo vem quando a iluminação transcende nosso ser E o Deus de dentro grita à nossa expansão, Faz-nos ter o habitual como algo comum e passageiro Adaptando e tornando-nos fortes para o futuro lindo que nos fará pleno .

Dispo-me das palavras tépidas e cálidas São presentes do passado Retorcem o íntimo, calejam o sentimento Afloram o sofrimento... Levam a expansão Tornam dias de sol, noites de chuva Faz o branco manchar-se de preto e ficar sem cor Visto-me das palavras tranqüila e límpidas Porque nelas os dias são sempre dia E quando há noite, é iluminada e clara Tão clara que me torno transparente Todos enxergam meu cerne Equilibro-me em meu eixo encontrado Que me guia, mostra a ordem Minha face emana serenidade! Serei clara, fonte de bondade e felicidade Visto a luz da alma e me torno gigante.

E amanhã? Sei lá! Quero sabe. Não! Não quero saber. Daqui a dois minutos é amanhã Que pressa, não meça! Caminhe agora e faça. Chegue ao futuro Bom? Ruim? Não se sabe Tudo caminha na mais perfeita ordem Consciência, percepção, visão do futuro e calma! E tudo gira... grita...Canta! E... Que maravilha! O futuro chegou .

Veio me olhou me chamou Sussurrou baixinho, e ficou comigo Mostrou-me com é belo vivermos juntos E como as coisas se tornam belas quando estamos juntos Que harmonia... Viver é maravilhoso Depois de sua chegada, outras coisas boas vieram Surgiu amor, carinho, compreensão, doação Nada mais se complicou e tudo se fez natureza Durmimos, acordamos... O dia não tem fim Durmimos, acordei só e tudo estava cinza Ohh, minha paz como podes ir embora Acordei novamente e cadê? Andavamos, namorávamos, bebíamos, dançávamos! Ah, olha ela ali na frente! E eu a olhei, a chamei Sussurrei baixinho, e estou com ela.